sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Últimos poemas que finalizam esse blog. Aqui registramos uma história de vida.   



Mergulho no mar de saudade
Com o coração encantado de razão
 O adeus convicto
É tiro certeiro
Agoniza a oração
A máscara subtraída
As marcas nos bancos
A mudança
 Os materiais colhidos
Revelam a chegada
 De um tempo tranquilo
 Um mar de calmaria
 Em terras alheias.

Lidiane Cursino

Saia rodada
Batuque alvoroçado
Destino desafinado
Grãos repartidos
De uma comunhão
Em terras desencontradas

Alexandre Lucas  

Pelas manhas te mandei  cafés de Neruda
Acreditei nas nuvens e fiz delas algodão doce
Arrumei a casa, fiz versos singelos
e andei de estandarte
e a vida se fez canção noutra voz
em outro momento
e me fiz baluarte dos sentimentos.

Alexandre Lucas  

Entre os campos minados
Desejo flores
E  sorrisos leves
A mão da amante  para trançar companhia
Os pés para trilhar poesias
E quando necessário for
Fazer trincheira
Para amolecer a pedra e engabelar a dor

Alexandre Lucas

Abrir um livro que estava guardado
Escrito pelas nossas mãos
Tinha os mais deliciosos saberes
Tinha o tempero inquieto e avexado
 Dos nossos desejos,
 Tinha  brilho e tambor
Maracatu e coco
Mandinga  e poesia
Conto e flor
Abrir um livro que com o tempo
Abriu-se  em pedaços e voou.


Alexandre Lucas  

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