Últimos poemas que finalizam esse blog. Aqui registramos uma história de vida.
Mergulho no mar de saudade
Com o coração encantado de razão
O adeus convicto
É tiro certeiro
Agoniza a oração
A máscara subtraída
As marcas nos bancos
A mudança
Os materiais colhidos
Revelam a chegada
De um tempo tranquilo
Um mar de calmaria
Em terras alheias.
Lidiane Cursino
Saia rodada
Batuque alvoroçado
Destino desafinado
Grãos repartidos
De uma comunhão
Em terras desencontradas
Alexandre Lucas
Pelas manhas te mandei
cafés de Neruda
Acreditei nas nuvens e fiz delas algodão doce
Arrumei a casa, fiz versos singelos
e andei de estandarte
e a vida se fez canção noutra voz
em outro momento
e me fiz baluarte dos sentimentos.
Alexandre Lucas
Entre os campos minados
Desejo flores
E sorrisos leves
A mão da amante para
trançar companhia
Os pés para trilhar poesias
E quando necessário for
Fazer trincheira
Para amolecer a pedra e engabelar a dor
Alexandre Lucas
Abrir um livro que estava guardado
Escrito pelas nossas mãos
Tinha os mais deliciosos saberes
Tinha o tempero inquieto e avexado
Dos nossos desejos,
Tinha brilho e tambor
Maracatu e coco
Mandinga e poesia
Conto e flor
Abrir um livro que com o tempo
Abriu-se em pedaços e
voou.
Alexandre Lucas